Ascom/Professora Goreth

Na manhã desta sexta-feira, 19 de abril, a Câmara Federal foi palco de uma sessão em homenagem à Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia (Coiab), que celebra seu 35º aniversário. A data coincide também com o Dia dos Povos Indígenas, momento significativo para reforçar os direitos e a resistência dessas comunidades.

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A deputada federal Professora Goreth (PDT-AP) foi uma das parlamentares que presidiu a sessão, ao lado das parlamentares Célia Xakriabá (PSOL-MG) e Erika Kokai (PT-DF). Professora Goreth é membro da Comissão dos Povos Originários, da Câmara. Em seu discurso, a parlamentar pontuou sobre a importância da educação indígena e a implementação de um fator amazônico, como um impulsionador para direcionar investimentos públicos de maneira mais equitativa na região amazônica.

“Lutamos para que políticas públicas cheguem nas regiões de difícil acesso na Amazônia, onde se encontram comunidades ribeirinhas, quilombolas e indígenas. Comunidades que carecem de atenção e de aporte financeiro diferenciado, por conta de suas peculiaridades. Não podemos tratar igual os diferentes”, destacou professora Goreth em sua fala na tribuna.

Durante a sessão, Toya Manchineri, coordenador-geral da Coiab, ressaltou a importância da luta dos povos originários ao longo dos anos, enfatizando que a resistência de hoje é o reflexo das batalhas travadas no passado.

“É preciso que o nosso território seja garantindo. Essa questão diz respeito à existência do meu povo e de tantos outros povos indígenas”, destacou Toya.

Outra voz importante que ecoou na tribuna foi a de Eliane Rodrigues de Lima, Coordenadora da Federação dos Povos e Organizações Indígenas do Mato Grosso (FEPOIMT). Em seu discurso, ela relembrou os sacrifícios feitos por muitos para que as vozes indígenas pudessem ser ouvidas hoje.

“Convoco a sociedade para refletir sobre a importância da luta contínua pelos direitos dos povos indígenas”, ressaltou Eliane.

A Coiab, fundada em 19 de abril de 1989, surge como resultado do esforço conjunto de líderes indígenas em meio às transformações sociais e políticas pós-Constituição Federal de 1988. Com atuação em nove estados da Amazônia Brasileira e uma extensa rede de associações, federações e organizações, a Coiab se destaca como a maior organização indígena regional do Brasil, lutando incansavelmente pela preservação dos direitos e da cultura dos povos originários.